Percepção dos padrões de ocupação em adolescentes privados da liberdade por comportamentos antissociais
DOI:
https://doi.org/10.20453/rhr.v2023i1.5037Palavras-chave:
adolescência, comportamento antissocial, terapia ocupacional, ocupaçõesResumo
Objetivo: Identificar padrões ocupacionais em adolescentes privados da liberdade, entendidos como hábitos, funções e rotinas ocupacionais. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo descritivo e transversal, incluindo uma população de 61 adolescentes de ambos os sexos em um centro de detenção para adolescentes localizado no município de Zinacantepec, Estado do México. Foram aplicados instrumentos de avaliação de terapia ocupacional, uma lista de funções, uma lista de interesses e um questionário de hábitos e rotinas, com uma perspectiva ocupacional e de habituação do modelo de ocupação humana (MOHO). Resultados: Antes de ingressar, as funções ocupacionais dos adolescentes eram: estudante (22%), trabalhador (45%), estar com a família (4%), outras funções (9%); além disso, 20% consideravam sua ocupação no comportamento antissocial como parte de sua identidade ocupacional. Por outro lado, a percepção de funções do passado versus funções de maior interesse no futuro produziu os seguintes resultados: desejo de participar como voluntário (78%), cuidador (72%), participar de atividades domésticas (60%); enquanto 90% deles estão pensando em voltar a trabalhar, e 49% estão pensando em voltar a estudar. As estatísticas dos crimes mais frequentes entre os adolescentes avaliados foram distribuídas da seguinte forma: roubo (12,2%), homicídio (9,7%) e sequestro (6,1%). Da mesma forma, a idade média dos adolescentes do sexo masculino no crime de roubo é de 15 anos; para homicídio e sequestro é de 17 anos; enquanto para as adolescentes do sexo feminino é de 16 anos para homicídio e 17 anos para sequestro. Conclusão: Os padrões ocupacionais percebidos pelos adolescentes, de acordo com sua importância na vida diária e relacionados aos delitos mais frequentes em idades específicas, permitem conhecer como suas ocupações estão distribuídas em seu cotidiano, de que forma seus interesses fazem parte de suas vidas e como esses padrões ocupacionais são realizados na privação de liberdade.
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